onde estou

Hoje levantei bem cedo e logo tomei o café, me aprumei para sair e explorar. Ainda pela manhã, abri as janelas. O vento com sutileza, fez sua corrente de informação e o sol, seu breve reinado. No sopro, olho as horas e já passam das sete da noite. A luz do abajur reivindica função e logo obtém meu apoio. Detenho a música, guardo os instrumentos, fecho o livro, o tempo, o mar, o mate, as ruas, o lápis, a chuva e, creio, que tenham se recolhido, todos. Voltei para casa. As chaves permaneceram intocáveis, mas as janelas escancaradas. Estive fora, muito longe, desde cedo.

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notas ao vento

Se fosse eu um líder espiritual, entre as minhas inúmeras recomendações para seguir o caminho do bem, estaria a indicação para audição (absorção) diária de ao menos uma música tocada por Bill Evans. Seu toque ao piano é único e meditativo. Não há como fazer tanta besteira por aí, com tamanha iluminação mental que ele nos proporciona. Mas como não sou e nem pretendo ser, deixo suas notas ao vento para quem quiser pegá-las…

a catarse do recital de Fazil Say

Um breve relato sobre a catarse do recital apresentado pelo pianista turco Fazıl Say, na Sala São Paulo, no dia dez de maio de 2016. Após apresentar com colorido extremamente pessoal, peças de Mussorgsky, Mozart e Gershwin, o prato ainda seria completado com a sua própria composição, a sonata “Gezi Park 2”. Tensa, nervosa, meio que inclassificável e inspirada por acontecimentos políticos recentes em seu país.

Say quebrou com genialidade os limites entre a música de concerto, jazz e melodias populares sem ter gosto algum de “crossover”. Tudo harmonicamente fez um sentido. Sua tecelagem musical fez conexão com naturalidade entre plateia e artista.

Cheguei em casa atordoado, pois não o conhecia. Me deparei com um álbum na internet de composições próprias (İlk Şarkılar), que logo comprei, sem escutar previamente. Pois então descobri uma outra face do artista, que em parceria com a cantora Serenad Bağcan, esparrama delicadeza e harmonia, na qual compartilho aqui.

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