tiempo y silencio – cristóbal repetto

Tapa Tiempo y silencio - Cristóbal Repetto fb

Você não vai mirar Cristóbal Repetto em algum programa de auditório ou ondulando em alguma FM. Ele não grita, navega em pianíssimo e faz as notas mais fortes soarem delicadas. Caso não o conheça, pare, olhe e escute.

Provavelmente terá uma sensação estranha nos primeiros minutos, nossos ouvidos maltratados com tantas coisas iguais, acende um sinal ruidoso ao diferente, mas creio que você não hesitará em avançar. Seu timbre modula uma sonoridade extremamente particular, um contratenor perdido no tempo, que parece sair diretamente de um aparelho de rádio antigo.

Seu repertório, baseado no tango, milonga e folclore argentino, parece resgatado como um imã. Os arranjos e melodias conspiram para um natural encantamento e entendimento de sua arte, de alma tão simples e naturalmente sofisticada.

Natural de Maipú, cidade próxima de Mendonza e a poucos quilomêtros da cordilheira, escutá-lo pede um bom vinho ou um mate bem feito, mas sobretudo, pede silêncio e atenção.

Espero que apreciem e o consumam. Assim como faço desde a primeira vez que o escutei.

Foto: divulgação Cristóbal Repetto
Para escutar seu álbum mais recente: https://goo.gl/msqDIw
Para comprar: https://goo.gl/FK15jh
Página no Facebook: Cristobal Repetto – Official

 

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magrelinha – caetano veloso

Se alguém consegue ir no âmago das composições alheias, tal qual um estudioso minucioso, este é o cara certo. A versão para esta composição belíssima de Luiz Melodia é tocante. O arranjo sensível, simples, quase piano, exalta a beleza poética que se esparrama por uma linha melódica que flerta em espamos; com a dramaticidade e a esperança de um sujeito, ou tal qual, de seu próprio país.

objetivamente fotográfico

Seja sobre uma ponte ou na boca da saída de um metrô, o processo de construção de imagens urbanas, digo por mim, que faço todo meu material na rua, é algo extremamente solitário e individualista, não que isso seja um problema, mas uma constatação que não se deve deixar para trás. Muito mais erros do que acertos na linha de contato.

Ficar por um bom tempo em um mesmo local, ajuda muito no processo de camuflagem e entendimento de um ponto específico. Deixar o cérebro na espera, para talvez, de repente começar a enxergar outros desenhos em uma cena. Mas esse processo também não é garantia que vá se construir algum material de qualidade. Há tantas fotos que despertam em “apenas um disparo”, revivendo o eterno clichê fotográfico do momento decisivo. Só que em verdade esse ‘Leitmotiv’ passa por tantas outras estações.

Há um confronto durante todo o tempo. Limitações técnicas, físicas, sociais. Se observa pelo buraco da fechadura para descobrir algo imenso, mas também há momentos para abaixar a guarda e desistir de alguma confecção que só existirá via papel, lápis e alguma imaginação. Não me agrada mexer pecinhas. Respeito o máximo que puder a organicidade da cena, mesmo que recorte algo que não me interessa e por vezes altere completamente a compreensão do espectador, mas me conforta saber que finalizei um trabalho sem deixar rastros, principalmente no meu arquivo pessoal de rememorações.

Finalizando, a moldura da beleza nem sempre é aliada. Talvez essa seja a trucagem mais traiçoeira da fotografia, até mesmo para os olhares mais experientes. Todo cuidado é pouco para não se envolver demasiadamente nesse belo refúgio de delírios visuais.

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