Um breve relato sobre a catarse do recital apresentado pelo pianista turco Fazıl Say, na Sala São Paulo, no dia dez de maio de 2016. Após apresentar com colorido extremamente pessoal, peças de Mussorgsky, Mozart e Gershwin, o prato ainda seria completado com a sua própria composição, a sonata “Gezi Park 2”. Tensa, nervosa, meio que inclassificável e inspirada por acontecimentos políticos recentes em seu país.
Say quebrou com genialidade os limites entre a música de concerto, jazz e melodias populares sem ter gosto algum de “crossover”. Tudo harmonicamente fez um sentido. Sua tecelagem musical fez conexão com naturalidade entre plateia e artista.
Cheguei em casa atordoado, pois não o conhecia. Me deparei com um álbum na internet de composições próprias (İlk Şarkılar), que logo comprei, sem escutar previamente. Pois então descobri uma outra face do artista, que em parceria com a cantora Serenad Bağcan, esparrama delicadeza e harmonia, na qual compartilho aqui.
Belo e sensível blog!
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