Observo o arquiteto olhando calmamente para o alto, mirando aquele velho palacete vazio do séc. XIX, que também observo todos os dias com dezenas de indagações. Não é a primeira vez que “esbarro” com aquele senhor. Dessa vez, crio coragem, saco os fones, pauso o instante e o cumprimento meio que em total reverência. Ele sorri, simpático e entre uma palavra e outra diz que seu filho também é fotógrafo. Não ouso falar muito, escuto apenas. Em um instante de alta curiosidade pergunto se mora por ali e logo certifico que somos vizinhos de rua. Nos despedimos, ele então segue seus passos sobre a urbanidade. E eu, com a sensação certificada que tive o prazer de conversar com Paulo Mendes da Rocha.